CURSO PREPARATÓRIO PROFESSOR ANTÔNIO ROSA – 15 ANOS DE ATIVIDADE – 11 ANOS EM CACOAL – APROVADO – COMPROVADO – Contatos: 3441 0959, 9210 3595 e 9205 7828 – ANTONIOROSACURSO@IBEST.COM.BR

http://antoniorosavideoaulas.blogspot.com.br/

facebook

Turma Defensoria Pública/RO – Início: primeira semana de fevereiro de 2.015 – Aulas de segunda a sexta-feira – Atendimento: das 14h às 17h e 30min – Local: Escola ULBRA/Concórdia (Cacoal)

Seguidores

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

POLÍCIA CIVIL / RO 2009 - ANÁLISE DAS PROVAS DE NÍVEL MÉDIO
A banca examinadora objetivou surpreender os candidatos. Isso ficou claro quando a instituição mudou a característica da maioria das questões e priorizou temas inusitados encontrados apenas em “rodapé de livros”. A prova deixou em segundo plano o conteúdo “manjado”, esperado pelos concurseiros. O “lugar comum” da própria instituição foi esquecido pelos examinadores.
As questões ficaram concentradas em poucos assuntos.  Não houve uma adequada avaliação do conteúdo relacionado no edital  do certame.  Enfim,  uma das reclamações gerais foi que a prova focou poucos temas, ignorando todo a vasta relação de conteúdo exigida pelo edital.  A subjetividade permeou principalmente as questões de Geografia e de Atualidades. E quando isso ocorre se abre uma vasta janela para alterações de gabarito e anulações de questões.
A prova foi “escorregadia” e capciosa. O modelo de enunciado fugiu do padrão que a instituição vinha adotando. Poucas perguntas foram diretas. Isso favorece aqueles candidatos que leem rápido, interpretam melhor e  que já estão acostumados com a pressão do dia da prova.  Numa situação dessas, dificilmente alcançará nota boa o candidato que estudou somente nos últimos meses e não tenha prestado pelo menos 10 (dez) concursos públicos.
Ao complicar disciplinas como Conhecimento Regional, Informática e Atualidades, a banca examinadora traçou o destino da maioria dos candidatos: a reprovação. Juntando essas questões com as de Direito e de Língua Portuguesa, que já são difíceis por natureza, temos um resultado catastrófico: poucos candidatos alcançando o mínimo de 60% – a  menos que haja a anulação de duas ou mais questões...
Uma boa prova de concursos públicos deve apresentar percentuais de questões fáceis, médias e difíceis. Deve distribuir bem as questões para abranger amplamente o conteúdo programático. É preciso cobrar dos candidatos aquilo que foi proposto pelo edital. Assim é possível avaliar realmente o conhecimento e a capacidade cada oorrnte. Será que é conveniente e justo o edital pedir uma coisa e a prova exigir outra?
De qualquer  forma,  sempre encontraremos candidatos “escaldados”,  com preparo suficiente para escapar  de quaisquer  armadilhas.  Nos últimos anos, algumas pessoas têm investido em bons materiais e bons cursos preparatórios. Essas pessoas estudam várias horas diariamente e também prestam concursos constantemente. Tudo isso influencia no desempenho no dia da prova e no resultado do certame.
Nessa prova ficou claro também que não adianta mais comprar uma apostila de última hora e achar que vai estudar todas as matérias em dois meses, que vai aprender tudo (que a escola não ensinou em 15 anos) e que vai  passar. É muita ingenuidade acreditar que vai ultrapassar na última hora aquelas pessoas que vêm se dedicando há anos ao estudo específico para concursos públicos.
Rumo aos cargos públicos há uma fila de concurseiros. Quem está no final da fila deve continuar estudando e prestando concursos públicos porque sua hora vai chegar. É preciso insistir e persistir. O cargo público é para  toda a vida. São muitos os candidatos e são poucas as vagas. Ninguém mais vai conseguir passar em concursos públicos dando apenas uma “lidinha” de última hora. Então é preciso se preparar previamente e adequadamente. 
Existe também uma escada no serviço público. Se policiais militares, soldados bombeiros ou agentes penitenciários passam na Polícia Civil, abrem-se vagas nesses cargos. Essas pessoas não podem ocupar dois cargos no  serviço público. Logo, ninguém toma o lugar de ninguém em concursos públicos. Para ingressar no serviço público é preciso demonstrar competência
É enganoso o argumento de que professor que presta concurso público para fins de aprimoramento toma o lugar dos candidatos mais fracos. Primeiro porque o professor não vai assumir o cargo, que continuará vago.  Segundo porque o candidato fraco não pode passar mesmo (qualquer um de nós pode ser vítima de servidores públicos mal preparados). Enfim, a administração pública deve receber candidatos mais competentes, mais bem preparados.  Isso será melhor para nós. Será melhor para a sociedade.
Vamos então aos comentários específicos:
• Língua Portuguesa – Foi a única disciplina que seguiu o padrão das provas aplicadas anteriormente pela instituição. Todavia, poderia ter envolvido questões de gramática mais complexas, tais como: uso do “se”, uso do “que”, análise  sintática, análise morfológica, etc. Foi uma prova que exigiu menos do que se esperava. Pelo menos nessa disciplina não houve surpresas e nem exageros.
• Conhecimento Regional – O edital exigiu o conhecimento da Constituição Estadual, da LC 68/92, da LC 76/93, de História de Rondônia e de Geografia de Rondônia. Todas as 10 (dez) questões da prova foram de GEOGRAFIA, sendo que dentre essas, houve até questões de Geografia Geral. Algumas questões apresentaram resposta preliminar contrastante com o conteúdo ensinado nas escolas do Estado de Rondônia (ex: aquela que  aborda as massas de ar). Outras questões estão em material bibliográfico não encontrado em Rondônia (ex.: a questão sobre metrópoles, centros e sub-centros e a questão que envolve conceitos do geógrafo Jurandyr  Ross). Salienta-se também que não houve nessa prova qualquer pergunta direta. Outra observação: as provas anteriores seguiram as obras do professor Ovídio Amélio (Geografia de Rondônia e História de Rondônia) e abruptamente a instituição realizou uma prova com dez questões de Geografia e nenhuma abordada pelo trabalho desse conceituado pesquisador. O edital, por sua vez, não relacionou o conteúdo de Geografia/RO e nem de  História/RO. Diante de tais fatos, a resolução dessas questões dependia (quase que exclusivamente) de grande habilidade na leitura, de boa capacidade de interpretação e de muita malícia para eliminar alternativas descontextualizadas.
• Atualidades – a prova apresentou muitas questões subjetivas, permitindo duplas ou triplas interpretações. Não houve uma pergunta direta.
• Informática – Foi a típica prova com questões de “rodapé de livro”. As perguntas envolveram assuntos secundários do Word, do Excel e do Windows (procure esses nomes no conteúdo programático). No caso desta disciplina, o edital  apresentou conteúdo programático muito diferente daquele dos últimos concursos realizados pela FUNCAB, porém a prova trouxe praticamente o mesmo estilo de questões. Novamente foi mantido o estilo “surpresa”. Quando o conteúdo programático sugere uma mudança a prova vem igual às anteriores. Mas os bons candidatos conseguiram resolver as questões por eliminação.
• Conhecimento Específico – Como era de se esperar tivemos poucas questões de D. Administrativo e de D. Constitucional sem quaisquer dificuldades ou surpresas. As questões de D. Processual Penal também foram razoáveis.  Já as questões de Direito Penal (sete no total) versaram exclusivamente sobre a Parte Especial do Código Penal e sobre as leis especiais previstas no edital: toda a Parte Geral ficou de fora. Assim, os candidatos de nível  médio deveriam possuir saber privilegiado dessa disciplina para poder resolver essas questões.  Perdeu tempo o candidato que ficou estudando a essência do Direito Penal (parte geral do CP): lei penal no tempo, lei excepcional ou temporária, tempo do crime, territorialidade, lugar do crime, extraterritorialidade, superveniência causal, crime consumado, tentativa, arrependimento posteiro, arrependimento eficaz, exclusão de ilicitude,  imputabilidade, inimputabilidade, concurso de pessoas, etc. Para agravar a situação, algumas questões exigiram conhecimento de doutrina e de jurisprudência. Os candidatos de nível médio têm chance?
• Redação – diante de tantos obstáculos, pelo menos a redação deveria ser fácil. E foi. Foi uma “mão na roda”, pois a vigência “Lei seca” permite várias argumentações e conclusões. A banca examinadora deixou praticamente livre a argumentação a respeito do assunto. Para ajudar, ainda colocou três textos motivacionais. Pelo menos aqui, ninguém pode reclamar...
Boa sorte a todos.

2 comentários:

  1. Prova de Delegado-RO

    Primeiro parabenizo pela organização e disponibilidade em escrever este blog. Peço permissão para tecer alguns comentários.

    A questão 23 penso não ser passível de anulação, posto que o item considerado correto não trata especificamente sobre o Estado de Rondônia, mas sim sobre o marco do desmatamento como um todo, inobstante no enunciado a questão afirmar que o mapa é da região de expansão agrícola no Estado de Rondônia, o que não implica que nos itens da questão não possam ser cobrados conhecimentos relacionados ao mapa da região, ainda que não digam respeito exatamente ao Estado de Rondônia.

    Na questão 28 é descabida a anulação. Digite algumas palavras chaves do item no google, assim facilmente irá encontrar diversos sítios que confirmam a resposta da FUNCAB. Não tenho as obras citados nos seus recursos, mas acho que dificilmente a banca irá anular esta questão, haja vista os vastos relatos históricos que podem ser colhidos na Internet.

    A questão 17 de fato deve ser anulada. Alguns colegas chegaram a defender no “correio web” a mudança de gabarito para a alternativa seguinte:

    "o Bolsa Família é mais um dos diversos...”

    Contudo o item está completamente errado, pois para ser verídica a afirmação deveria ser redigida da seguinte forma:

    O Bolsa Família é mais um dos diversos programas criados pelo governo federal a partir da década de 1990, de modo a promover uma gradativa distribuição, mais justa, de renda.

    Note que a simples colação de vírgulas e a retirada do "de" torna o item verdadeiro, visto que da forma como foi colocada na questão, a assertiva afirma que uma “renda mais justa” será gradativamente distribuída, o que é totalmente esdrúxulo, visto que da forma como foi escrita partiríamos do pressuposto de que já existe uma renda mais justa, sendo que seria promovida uma distribuição gradativa da mesma. Espero que o examinador da banca, que provavelmente é um professor de geografia, tenha um conhecimento pelo menos mediano das regras de língua portuguesa, sobretudo no que diz respeito à pontuação.

    Quanto à parte específica, a questão 56 realmente deve ter o gabarito alterado. Adito ainda que as questões 46 e 52 com absoluta certeza serão anuladas, o fundamento pode ser facilmente encontrado na jurisprudência e em qualquer livro atualizado, dispensando maiores comentários.

    O que achou das questões 18 e 20? Após os seus comentários apontarei o meu entendimento.

    Abraços,

    Nayanna

    ResponderExcluir
  2. Prezado professor,

    Espero que não tenha ficado constrangido por estarmos discordando quanto à anulação das questões 23 e 28. Postei estes comentários apenas para trocarmos informações, afinal discutindo e trocando conhecimentos poderemos sempre crescer tanto sobre o aspecto profissional como humano. Caso queira comentar as questões 18 e 20 da prova de delegado, sem postar no seu blog pode tecer os comentários no correio web, no fórum de discussão "delegado de Rondônia - ranking e nota de corte". Aguardo os seus oportunos comentários.

    Feliz natal.

    Nayanna

    ResponderExcluir